terça-feira, 22 de outubro de 2024

Compreender o medo para enfrentá-lo

 Por Margareth Hill

 

 “O medo é uma reação ao perigo esperado e preparado, a ansiedade é o estado de espera para um perigo de origem incerta.”

Sigmund Freud, “Inhibitions, Symptoms, and Anxiety” (1926)


 

 "O medo deve ser reconhecido e compreendido, pois é uma das maiores forças que determinam nossa vida. Ele pode paralisar, mas, quando enfrentado, é transformado em coragem."

Rollo May, “The Meaning of Anxiety” (1950)

 

O medo é uma emoção absolutamente comum. É algo instintivo, natural, que ocorre em momentos específicos e surge pela percepção da necessidade de sentir segurança. O medo tem um efeito protetor que, muitas vezes, é positivo: ele nos motiva a evitar riscos iminentes. Geralmente sentimos medo diante de algo que desconhecemos ou diante de fatos concretos que são sabidamente perigosos.

Mas, para algumas pessoas, o medo pode tomar proporções acima do que deveria e aparecer sem causa aparente, gerando enorme agitação, desconforto e vulnerabilidade. Em casos mais severos, o medo pode crescer a ponto de dar origem a um ataque de pânico que, quando frequente, caracteriza o Transtorno do Pânico, uma condição que afeta a vida da pessoa como um todo e requer acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

        Compreender o medo é melhor do que simplesmente tentar eliminá-lo. Devemos buscar entender de onde ele vem, como e quando surge, o que pode significar e até mesmo o que ele de fato é.

Aceitar que nossas vidas são permeadas por incertezas é fundamental para que possamos estar bem com a nossa saúde mental. O medo diante do novo, do não controlável, do desconhecido é uma das grandes dificuldades humanas. Não existem certezas ou garantias no cotidiano de ninguém.

Reconhecer nossos temores e perceber que muitos deles vêm de dentro para fora, de nossas memórias, de nossas histórias, e que acionam o padrão do medo a qualquer pequeno sinal de "perigo" pode ajudar no seu enfrentamento. Quando estamos com medo, nossas possibilidades de escolha diminuem, mas ao reconhecê-lo nossas opções aumentam e podemos enfrentá-lo com a razão.

Procure o apoio de um psicólogo para identificar os seus medos, entender suas origens, lidar com eles de forma segura e gradual, enfrentando-os sem se sentir ameaçado, quando não há, de fato, uma ameaça. Recupere o seu bem-estar. Agende uma consulta.

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