Por Luis Flaviano Lopes
Antes de seguir e buscar desbravar o mundo, precisamos nos autoavaliar.
Perscrutando dentro de nós
próprios, quem nós somos, como estamos, o que queremos e aonde desejamos
chegar.
Por isso imagino um passeio
a partir de nossa individualidade, para que encontremos respostas nas quatro
dimensões em que nos articularmos com o universo, em torno de nosso ser.
1.Primeiro dentro de nossa
interioridade.
É uma conversa consigo
próprio. Desde o acordar até o momento de ir dormir. Ver como se sente. Como
está a mente: Sã ou em conflito. Que escolhas estou fazendo: boas ou
temerárias. Estou motivado ou desanimado. Há verdades para dizer. Batalhas a
enfrentar. Como estou me saindo. O meu comportamento me agrada ou estou
insatisfeito. No que eu preciso melhorar.
2.No plano de nossa
pessoalidade.
Pessoalmente exerço os
papéis de marido, pai e avô. Que marido eu sou: fiel e companheiro. Respeito as
opiniões e os sentimentos de minha esposa. Sou alguém a quem ela possa
contemplar com satisfação.
Como pai, sou responsável,
presente. Poderia ser tido como espelho e que meus filhos me vissem com
orgulho. Ah, quão grande é essa missão.
Como avô! Sou cooperativo e
presente. Há referência em mim, aos meus filhos se referirem à sua infância.
Fomento, de modo subjacente aos papais, o crescimento relacional, moral e
intelectivo em meus netos. Doo-lhes um apreço especial, que causa alegria neles
e nos papais.
3.No âmbito social.
Quem tenho sido, como
cidadão, profissional, como ser político, como amigo. Tenho procurado cumprir
para com minhas obrigações diuturnamente ou estou desleixado. Procuro ser um
profissional de alto nível, rigoroso na ética, mas flexível quando se tratar de
ver a necessidade daquele que for mim assistido. Exerço minha presença com opiniões
embasadas, buscando valorizar àqueles que são coerentes, em desfavor dos
conchavos e desvirtuamentos na administração dos bens públicos. Sou um amigo,
de quem pode se dizer: és um tesouro para mim.
4.No âmbito imaterial.
Embora sejamos uma construção
biológica. Há uma energia cientificamente inexplicável em nós. Há um ser que
transpõe os limites de nossa materialidade e aponta para um cenário mais além.
Onde tateamos com a fé, intuir sobre a revelação de nossas origens e o porvir
que nos espera. E é, nesse amanhã, que não estando sob nosso controle, onde
conseguimos perceber um sentido maior, rodeando-nos e alimentando nossa sede de
saber. Que encerra toda busca numa palavra: Deus! Como estamos, irmãos, com
relação a esse Deus. Há fé e outras virtudes em nós.
Ao passear por essa breve
autoavaliação, podemos dizer, que estamos preparados para começar.
Começar algo novo em nossas
vidas. Um algo melhor. Mais bonito de se ver e sentir.
Ótimo texto! Penso que essa autoavaliação é tão mais rara quanto maior a nossa pressa de ir, de produzir, de consumir. Como nos faz falta olhar para nós mesmos! Neste final de ano, o movimento de olhar para o nosso interior e para as nossas relações tem ainda mais relevância. Obrigada pela bela partilha!
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