Há
ameaças que não marcham pelas avenidas. Elas chegam de mansinho, quase sempre
disfarçadas de boas intenções — travestidas de modernidade, progresso ou mesmo
salvação. A soberania, esse conceito já tão desgastado por tratados, acordos e
tecnocracias, agora sangra em silêncio, num hospital político onde todos fingem
que está tudo sob controle.
Não
se trata apenas de ideologias. A esquerda, com seu projeto de poder de longo
prazo, opera com a precisão de quem sabe onde infiltrar, quando recuar e como
dominar. O globalismo, com sua linguagem polida e seus fóruns internacionais,
funciona como uma engrenagem sem rosto. E o narcotráfico, agora transnacional,
atua como uma corporação sem sede fixa — eficiente, brutal, invisível.
A
isso se soma uma força religiosa que avança sem armas, mas com números.
Enquanto a Europa nativa envelhece em silêncio, bairros inteiros se transformam
sob o peso de uma demografia que cresce rápido e sem freios. O Ocidente, que
outrora exportava valores, hoje se vê culturalmente sitiado — e aceita, com
resignação, a substituição lenta de seus próprios alicerces.
Dentro
das fronteiras nacionais, o quadro não é menos alarmante. Os donos do poder —
ou melhor, os que tomaram o poder de assalto — não chegaram ali pelo voto
apenas, mas pela infiltração estratégica das engrenagens do Estado. Colonizaram
instituições em nome da democracia, travestiram aparelhamento de
representatividade, e substituíram técnicos por militantes. Transformaram
comissões em trincheiras, decretos em armas, conselhos em quartéis ideológicos.
Jogam xadrez com peças fixas e regras que eles mesmos reescrevem.
É
nesse contexto que se impõe uma política que fere o futuro pela base: a
vacinação compulsória de crianças contra a Covid-19. Não se trata aqui de negar
a ciência ou alimentar teorias obscuras. Trata-se de fazer perguntas legítimas:
houve tempo suficiente para comprovar segurança? Houve transparência sobre
riscos e efeitos adversos? Houve escuta? Ou apenas obediência?
Porque
quando um país aplica em sua infância uma política envolta em silêncio e
censura, não está lidando apenas com saúde pública — está comprometendo o
amanhã. Crianças não são experimentos nem estatísticas: são o chão onde o
futuro se ergue ou desaba. E em vez de cuidado, recebem imposição. Em vez de
proteção, recebem silêncio.
Há
quem veja nisso algo mais profundo — e mais cruel. Uma engenharia social
disfarçada de zelo sanitário. Um experimento cultural, ideológico, até
civilizacional. Como se enfraquecer os corpos e as mentes das próximas gerações
fosse o primeiro passo para entregar a nação a outro projeto, outra moral,
outra lógica de poder.
O
perigo, talvez, não esteja no grito — mas no sussurro. Não no confronto — mas
no protocolo assinado. Não no exército — mas na caneta de um burocrata. Assim
se rasga a soberania de uma nação: não com tanques, mas com termos de adesão.
Não com invasões, mas com rendições disfarçadas de progresso.
E
não se trata aqui do Imagine de John Lennon — aquele sonho de povos vivendo em
paz e harmonia. O que se vê é outra coisa: uma substituição demográfica, uma
engenharia ideológica e uma reconfiguração silenciosa do Ocidente. E o mais
grave: feita sob aplausos, covardias e traições.
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